quarta-feira, março 14, 2007

Contratos


Prepara-se uma revolução no futebol português. Segundo o jornal abola de hoje, está prestes a entrar em cena uma Lei-Bosman à portuguesa. "O caso Zé Tó".

Depois do caso que opôs o jogador Zé Tó à União de Leiria, o qual rescindiu unilateralmente em 2000 para assinar pelo Salamanca, o tribunal considerou nulas 3 de 5 cláusulas relativas ao seu contrato de trabalho.

Ou seja,o que poderá vir a acontecer, depois de conhecida a resolução deste caso, é uma maior mobilidade de jogadores. Estes poderão rescindir com o clube apenas pagando uma indemnização correspondente a salário que iriam auferir até ao termo do seu contrato. Caso se confirme esta possibilidade, as clausulas de rescisão deixam de fazer sentido, pelo menos em termos internos, uma vez que esta resolução do Supremo Tribunal de Justiça apenas será válida para casos em território nacional.

Esta lei, caso se concretize, vai prejudicar os pequenos clubes e os clubes que apostam na formação. Um jogador que sai da formação terá sempre um salário baixo, e será fácil para um grande clube ir recrutá-lo apenas pagando os seus salários até ao final do seu contrato. A solução para os pequenos clubes será apenas o de fazer contratos o mais longos possível, e esperar que o "amor à camisola ainda exista".

Caso se verifique, repito, será certamente um pronúncio muito mau para o futuro do Futebol em Portugal.

Este caso surge numa altura em que Raviola se prepara para renovar o seu contrato, e no ano em que cerca de 80% do plantel termina o seu vínculo, pelo que será interessante perceber como se irão comportar os clubes, e o Vitória neste caso, quando abordarem as renovações com os jogadores.

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