O reforço da equipa é essencial, e logo saltam nomes de reforços para os jornais, jogadores desconhecidos, ou jogadores que fizeram carreira em clubes rivais e em final de carreira procuram um clube que lhes assegure o final de carreira.
Penso que existem 11/12 jogadores que deveremos manter, salvo ofertas irrecusáveis claro está. Mas o plantel deverá ser construído por 16/17 jogadores de qualidade superior, com provas dadas para poderem ser titulares sem grande dificuldade. Os restantes lugares, 6/7 jogadores, deverão ser jovens valores, com vontade de mostrar serviço, com a possibilidade de jogarem ao mais alto nível do nosso futebol e de preferência com a mística "Vitória".
Podem-me chamar de "lírico" ou de "idealista", mas acho que as vantagens seriam bem mais do que as desvantagens se alinhássemos por uma política nestes moldes. Primeiro poderíamos aumentar a qualidade dos 16/17 jogadores, porque o nível salarial seria mais elevado, depois porque daríamos oportunidade aos jogadores formados nas nossas camadas jovens, e que nos últimos anos têm sido renegados para fora do clube muito cedo.
Sem querer estar a ferir qualquer jogador, penso que será bem mais interessante termos um Dinis, um Jussane, um Lucas, um Vítor Bastos, um Lamelas ou um Rafael a termos um Wenio, um Luis Filipe, um Carlitos, um Cícero ou um Danilo no plantel principal, que salvo uma ou outra excepção só serviram para engrossar a folha salarial e pouco, ou nada (em alguns casos) acrescentaram à produtividade da equipa.
Claro está que deveremos dar um passo de cada vez, e não deveremos estar a acelerar o processo de inclusão de juniores no plantel principal sem que sejam cumpridas as fases de formação nos vários escalões, mas para não se repetirem casos de jogadores que saíram pela porta pequena, depois de brilharem nas camadas jovens do Vitória, (Cascavel, Maradona, Raviola I, Pedro Freitas, Bruno Sousa, Duda, Tiago Ronaldo, etc..) devemos alterar a política de formação, caso contrário torna-se inútil, do ponto de vista desportivo, continuar com formação ao nível dos escalões secundários, uma vez que não aproveitamos o "produto" final.
Kamani Hill e Mendieta são os 2 primeiros reforços, não se enquadram na política que defendo, embora sejam jovens, a aposta em jogadores desconhecidos é sempre arriscada, mesmo que o custo seja pequeno. Duvido que não existam por cá jogadores com a mesma qualidade, e que estejam adaptados ao nosso futebol e mesmo ao nosso clube. Embora uma coisa seja certa, enquanto estrangeiros têm sempre outra margem de erro que nunca damos aos portugueses e muito menos aos vitorianos...
