terça-feira, maio 29, 2007

Na época do defeso

O Vitória, um ano depois, está de volta ao primeiro escalão do futebol nacional. Agora, passado o pesadelo, é tempo de preparar não só a próxima época, mas também o futuro do clube. Não vão longe os tempos em que Académica e Belenenses, por exemplo, também estavam entre os maiores do futebol nacional, e que depois de caírem na segunda divisão nunca mais voltaram aos mesmos patamares.

Aqui há uns tempos falei da importância da estabilidade, um tema que volta a mostrar-se importante. Por vezes nem sempre o que vem do vizinho é melhor do que aquilo que temos em casa. É importante manter a base do plantel, o que parece que está a ser assegurado, ao contrário de outros anos. Mantermos os melhores é sempre importante.

O Vitória assumiu que vai lutar pelos lugares cimeiros da tabela. Não vai ser fácil. São precisos verdadeiros reforços para termos uma equipa competitiva a este nível. A generalidade dos adeptos são contra a vinda de jogadores emprestados. Mas será que um emprestado não pode ser um bom negócio? Não sou a favor, longe disso, mas por vezes é a melhor opção.

Os nomes que saem nos jornais são mais do que muitos, mas eu pessoalmente estou à espera de algo mais. Jogadores que a serem contratados, sejam realmente mais valias, -"mais vale poucos e bons, do que muitos e fracos"- mas a todos, sem excepção, dou o benefício da dúvida. Fala-se em 7/8 reforços, para colmatarem as dispensas já anunciadas, 2 defesas, 2 médios e 3 avançados. Um médio de transição continua a ser uma das lacunas graves dos últimos anos do Vitória. Posso dar uma sugestão? João Alves.

Targino tem 20 anos, foi o nosso terceiro melhor marcador, com 5 golos em 788 minutos, 1 golo a cada 160 minutos. Parece-me bastante razoável para um jogador da sua idade. O problema foi fazerem dele algo que aos 18 anos não era. Com todas as limitações que possa ter, tem também qualidades, é preciso é saber aproveitá-las...

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