quarta-feira, dezembro 16, 2009

Do campo à secretária!

Estamos no bom caminho. O Vitória tem melhorado de jogo para jogo e a culpa parece ser de Paulo Sérgio. Gosto do discurso do "Mister". Nota-se que é por natureza um homem descontente, que não se contenta com os bons resultados, prefere antes uma exibição sem erros, porque sabe que o resultado aparecerá mais tarde ou mais cedo.

Todos sabemos que no Vitória, como na generalidade dos clubes, para passar de bestial a besta é um ápice. Mas penso que deveremos ter a calma e o discernimento necessário para que não o façamos de cabeça quente, quando os resultados não aparecerem.

Não falo do desenho táctico, nem das transições ofensivas, que ainda não estão bem estudadas, mas a ocupação de espaços a nível defensivo e a pressão que se faz ao nível da primeira fase de construção da equipa adversária, que estão a melhorar de jogo para jogo. E isso é sinónimo de trabalho. E quando uma equipa entra em campo na segunda parte com uma postura bem diferente da primeira (como aconteceu no jogo frente ao FCP e ao Setúbal) nota-se ainda mais a "mão" do treinador.

Enquanto no campo a equipa parece dar sinais de melhoria, na secretária (vulgo Direcção) o caso é diferente. Estão em cima da mesa renovações, dispensas e contratações. No caso das renovações, Flávio, Targino e João Alves são boas notícias de continuidade. Desmarets e Sereno parecem casos perdidos. E, ao contrário de alguns comentários que se ouvem por aí, tanto num caso como noutro, os jogadores estão no direito de não renovarem o contrato. O Vitória, em ambos os casos, mostrou-os ao mundo do futebol e eles agradecem certamente por isso. Mas não podemos recriminar quem quer melhorar o nível de vida. Estão no seu direito. Eu faria o mesmo. Não podemos apontar falta de empenho em nenhum dos jogadores, bem pelo contrário, e se o Vitória andou a adiar a renovação, que em ambos os casos deveria ter acontecido na época passada (assim como Andrezinho), como tive oportunidade de escrever em tempo oportuno, agora não se pode queixar de perder os jogadores a custo zero... tem é de, mais uma vez, antecipar as renovações de outros jogadores, como os casos de Nilson, Nuno Assis e Douglas que terminam contrato na próxima época, para que daqui a um ano não estejamos aqui a chamar de ingratos os jogadores...

E em época de contratações e dispensas, não sei se a dispensa de 3 dos jogadores mais caros da história do clube será para festejar ou para lamentar. Milhazes, Mendieta e Santana Carlos custaram quase um milhão de euros... e tem uma média de 66 minutos(!) jogados. Milhazes 165, Mendieta 0 e Santana Carlos 34. Era possível mais acerto nas contratações?


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