Jornada 22

Voltamos a fazer um jogo pobrezinho, mas como (quase) não cometemos erros na defesa, e marcamos na única oportunidade que tivemos, lá ganhamos aos da capital. Já não era sem tempo...sorte? prefiro acreditar que é trabalho!

Costumo dizer que a sorte consegue-se com trabalho. Mas no futebol esta máxima nem sempre se aplica. Paulo Pereira parece carregar mesmo uma verdadeira estrela, depois dos sucessos conseguidos nas duas épocas anteriores, e de já nesta época com a equipa de Voleibol ter feito algo que era para muitos impensável, voltou à equipa de Futebol e esta respondeu com dois triunfos, quase inimagináveis aos olhos dos mais cépticos. 

Pode não existir aqui uma relação causa-efeito, mas  os resultados falam por si. Não sou muito dado a estatísticas no Futebol, nem a questões enigmáticas ou supersticiosas, porque o Futebol é (tem de ser) muito mais do que isso, e só se consegue o sucesso com trabalho e muita dedicação. 

Emílio Macedo voltou a mentir (ainda bem desta vez!) quando afirmou que assumiria o Futebol até ao final da época. Em bom tempo percebeu que não era capaz de acumular as funções, nem se quer tinha o carisma para tal. Percebeu bem quando viu que entre direcção e equipa técnica só existia uma pessoa que ainda tinha a imagem em alta, Paulo Pereira claro, percebeu que Almeida, Vasco Santos, Cajuda e o próprio Emílio não tinham outra saída a não ser dar a imagem do futebol ao "Sr. Euromilhões". Uma decisão bastante acertada, e com alguma dose de inteligência, finalmente.

Paulo Pereira assumiu então o futebol, não fugindo (como outros) quando a pressão começava a aumentar para os lados do castelo. Bem pelo contrário, assumiu numa conjectura difícil, e sem grandes apoios. Agora há que preparar a próxima época sem grandes rodeios e tentar conseguir ainda o máximo nesta que está quase perdida, mas ainda há uma réstea de esperança.

Continuo a acreditar que Cajuda deverá seguir outro caminho, para o bem de todos. As constantes declarações afirmando o seu benfiquismo, não mostram, como o próprio diz, carácter, mostram antes que vive num mundo completamente louco, e que se recusa a ver a realidade. É para mim impensável um qualquer jogador, treinador ou profissional do Vitória afirmar constantemente o seu "amor" por clubes rivais.  Mas parece que os tempos agora são mais brandos. Imagine-se que Jesualdo, que também é benfiquista assumido, na véspera do jogo frente ao benfica assumiria que é um benfiquista dos quatro costados. A questão não é a veracidade das declarações, é o timing e a conjectura. Por mim nem mais um dia no clube para este senhor!